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Com abordagem prática e aulas expositivo-dialogadas, Fadep promove curso de Libras

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A Libras é mais do que apenas uma língua de sinais, sendo uma forma eficaz de inclusão e de interação dos deficientes auditivos, que, apenas no Brasil, somam mais de 9,7 milhões de pessoas. Diante de um número tão expressivo de pessoas cuja principal forma de comunicação é a Língua Brasileira de Sinais, significado da sigla, há um mercado crescente para aqueles que buscam algum tipo de especialização na área. Com esse propósito, no último sábado ocorreu mais um encontro da primeira turma de Libras da Fadep, curso promovido pela Coordenação de Extensão, que tem na coordenação a Psicóloga Luciana Bicca, egressa da instituição e idealizadora do curso, cuja formação, além de Psicologia, inclui Letras Libras Licenciatura. Como complemento em sua formação, Luciana, que, além de Psicóloga Clínica é Psicóloga da Feneis/PR - Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos, com sede em Curitiba, cursa atualmente o bacharelado em Letras, também com ênfase na Língua Brasileira de Sinais.

Para ressaltar o caráter prático do curso, Luciana, responsável pela aula inaugural, terá a companhia de Heron Rodrigues, professor de Libras da UTFPR, que ministrará o restante do curso, com ela assumindo a função de intérprete. Além de possuir graduação em Educação Física, Heron possui pós-graduação em Educação Especial, com ênfase na área da surdez e língua de sinais, além de possuir grande experiência atuando como professor na área, o que fez com que as aulas, após o primeiro encontro, quando foram abordadas questões teóricas e históricas, ganhassem contornos eminentemente práticos. Com o objetivo de reconhecer a importância da língua no contexto educacional e social, de forma a garantir a comunicação plena e efetiva entre os surdos, foram abordados conteúdos com a gramática de libras, as variações dos contextos da língua de sinais, expressão facial e corporal, jogos e brincadeiras de libras, entre outros. “Como forma de demonstrar o quanto acreditamos no potencial das pessoas surdas, tivemos o cuidado de priorizar questões práticas, com aulas expositivo-dialogadas nas quais conseguimos estabelecer um diálogo efetivo entre professor e alunos”, ressalta Luciana.

Inicialmente voltado para atender a professores e profissionais com algum tipo de vínculo com a educação, a primeira edição do curso de Libras acabou despertando a atenção de profissionais de outras áreas, com a atual turma, embora predominantemente formada por educadores, tendo também a presença de três psicólogas. Esse fenômeno, na visão da coordenadora do curso, deve-se ao fato de que “há um campo de trabalho bastante interessante para profissionais que dominem a língua de sinais em praticamente todas as áreas do conhecimento e de mercado, haja vista a inclusão crescente de portadores de deficiência auditiva na sociedade”, conforme destacou.

Com uma carga total de 60 horas/aula, 56 delas presenciais e 04 à distância, a primeira edição do curso de Libras prosseguirá com aulas e encontros regulares até o próximo mês de novembro.

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